Elemento gráfico que mostra duas cruzes vermelhas conectadas no fundo

Fúria ancestral hereditária e descaravelização: movimento contra-conciliatório e novas dinâmicas de luta indígena em Abya Yala/Pindorama.

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...todos os europeus nas colônias são de fato colonizadores, queiram eles ou não, eles são colonizadores de algumas formas"

(Alfred Memmi)

Adquira agora o livro “Relato-denúncia Panambi/Lagoa Rica”

Para receber o livro em sua versão em PDF, deposite qualquer valor a partir de R$10,00 via PIX (chave 61981861600) e envie o comprovante por email para ravestrovi31@gmail.com.

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1.

 

Colonialismo e branquitude como estrutura de dominação

Após os últimos acontecimentos ocorridos no Brasil, como parte da escalada do Estado Moderno-Colonial Brasileiro em consonância com o que ocorre noutros Estados-nação do continente mal denominado de Américas (Norte, Centro e Sul), pensamos os caminhos que nos restam para afiançar nossa Luta dentro de uma ordem diferente do já estabelecido, para findar os cinco séculos de Dominação e Opressão que atingem Povos Indígenas, de Matriz-Africana, os empobrecidos e miserabilizados nas favelas e periferias das grandes cidades.

 

Acreditamos que a branquitude, como conceito e formação, tornou-se o suprassumo da atualização do modelo colonial em curso, iniciado em 1492, cujo processo de expansionismo em 1500 atingiu também de cheio as terras de Pindorama, o atual Estado Colonial Brasil.

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2.

 

A farsa da conciliação e o avanço do extrativismo

Sabemos, ademais, que a branquitude nunca foi ponta-firme em cumprir promessas, tratados, acordos, convênios e conciliações. Todos os papéis firmados sempre foram ultrajados, vilipendiados, atropelados, quebrados e rompidos: a História está cheia de exemplos básicos que perscrutam essa sentença.

 

Portanto, assegurar que efeitos positivos possam vir após acordos conciliatórios, ou que esses endossem as garantias mínimas dos direitos estabelecidos por normas nacionais e internacionais — acreditar piamente que manter-se-ão em pé esses direitos — é um eufemismo promíscuo e uma crença ingênua, dadas as características estruturais do Estado Colonial dentro de um modelo econômico que permite esse tipo de ação promovida por aqueles que relutam em devolver as terras usurpadas e em julgar improcedente aquilo que por força de lei havia se tornado garantia de sobrevivência para os Povos Indígenas, principalmente aqueles que defendem os territórios.

 

Esses acontecimentos derivaram num Marco Conciliatório em anuência com pessoas ligadas ao ordenamento político, jurídico e econômico que assola as nações mediante a “financeirização da vida e a legitimação da morte”. Aprofunda-se largamente a escalada de violência e usurpação de terras e territórios, permitindo que os velhos arautos da política branca do extrativismo pernicioso e voraz se mantenham como paladinos de uma democracia falsa, fajuta desde seus primórdios históricos, isto é, sempre a favor da aristocracia e de suas elites médias e altas.

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3.

 

Ruptura dos acordos e promessas

Acreditar que mediante pagamento, somas exorbitantes de dinheiro tornará menos febril a violência no campo brasileiro é minimamente inconcebível e execrável desde o ponto de vista que as atuais condições do Mercado Financeiro se movimenta mediante títulos e ações que promovem a degradação da vida e existência humanas e o Terricídio, destruição massiva da Mãe-terra/Mãe-Natureza, saque generalizado dos fontes de subsistência humana e incentivo a massacres, genocídios e perseguições.

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4.

 

Descaravelização e desopressão §psíquica

A Colonização, uma constante ameaça, máquina de moer carne, roer ossos; sepultamento das Lutas indígenas, Camponesas, Populares em nome da democracia egóica, da conciliação de classes e da manipulação e compras de consciências. Como numa sorte ou espécie de premiação legitimam o colapso da humanidade para garantir o Poder com suas hierarquias de Dominação e suas famílias -elites agrárias-rurais.

 

Tirar a Caravela que muitos levam dentro de si é o primeiro passo para organizar e executar ações que visem desoprimir os povos que são afetados por essa manobra sorrateira e dúbia por parte daqueles que estão nos Poderes. Identificar essas Caravelas-psíquicas nos ajuda a construir o Território da Desopressão; os embranquecidos precisam renunciar aos falsos sonhos de status com a qual foram cooptados, suas consciências compradas, a integridade da Luta defasada.

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5.

 

Fúria ancestral, justiça e alianças necessárias

Acessar a Fúria Ancestral que muitos indígenas trazemos espiritualmente em consonância com a Fúria Hereditária que descendentes de europeus já acessaram através da autocrítica significa reordenar, reorganizar a Luta por direitos compartilhados para tornar essa nação, esse Continente um componente Plurinacional onde “todos os mundos possíveis possam conviver em harmonia com a Mãe-terra, Mãe-natureza”.

 

A Descaravelização propõe avançar na Luta pelo fim da Colonização e da continuidade do modelo econômico que se alastra há mais de cinco séculos e que atualmente age de forma voraz e agressiva contra todxs a fim de exterminar à população seja pela fome, seja pela sede ou pela inalação de fumaça que afeta diretamente as vias respiratórias. Bem fomos testemunhas durante a pandemia de Sars-Covid-19, dessas mesmas ações e com as mesmas finalidades e motivações, arquitetadas e executadas pelos mesmos que apelam para se manter no Poder político-econômico por mais séculos adiante.

 

Nossa Fúria é Ancestral porque ela traz as históricas demandas e reivindicações que, a priori, são as mesmas que são invocadas por diferentes povos e nações de matriz originária inclusive, além-fronteiras continentais. A Fúria é Hereditária porque traz consigo o ensejo de fazer justiça pelas práticas dos antepassados que coparticiparam nessa herança maldita e seu lastro de destruição desde a chegada das primeiras Caravelas.

 

É possível perceber que essa tríade descaravelizadora nos permite refletir sobre nosso papel como seres humanos no Século XXI muito além e aquém de quaisquer identidades, categorias e classificações, muitas dessas, construídas de forma artificiosa justamente para dividir nossas Lutas. Se de um lado, os Povos Originários de Abya Yala/Pindorama com sofreguidão tentam se manter em pé se defendendo junto da Mãe-terra/Mãe-Natureza, precisamos de aliados firmes para garantir a Luta.

 

A Luta Indígena é Mãe-de-Todas-as-Lutas não porque uma Luta personalizada senão, porque a sobrevivência/subsistência dos indígenas nos territórios garante a sobrevivência/subsistência de toda uma Humanidade. A partir dessa declaração, interpelar para que todos os outros povos e grupos sociais com consciência histórica e ambiental tornem-se aliados desse Movimento de Fúria Ancestral, é uma tarefa digna a ser iniciada no campo prático da vida cotidiana e em todos os lugares onde essas vozes possam ter ressonância.

 

Sem terra nem territórios preservados não haverá espiritualidades, culturas e nem meios de continuar a sobreviver/subsistir. Os modos ocidentalizados de vida fazem cumprir a promessa dos algozes de que “se não tem nada para nós, nada deixaremos para os outros”.

 

Conclamamos a uma Luta Pluriversal Transhemisférica em defesa dos territórios e das possibilidades de condições de reprodução da Vida.

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6.

 

Ruptura com o Estado colonial e chamado à ação

Nossa Luta é Pela Vida, é pelo direito a existir, pela defesa indeclinável dos Povos Originários em conjunto com todos os outros povos que vieram às terras “americanas” e que hoje sofrem as investidas violentas, agressivas e suicidas dos sucessores daqueles que se ensenhorearam da terra, das águas, do ar em nome de interesses espúrios, transformando o que poder-se-ia chamar de paraíso, num grande holocausto a níveis impensáveis pelos nossos ancestrais, pelos nossos antepassados.

 

A Fúria Ancestral é o ruidoso silêncio daqueles que deram suas vidas para tornar a vida humana digna, conforme as leis naturais.

 

A Fúria Hereditária é o ímpeto daqueles que admitem a violência do passado, desejam se juntar a nós, Indígenas, em busca de Reparação Histórica, Justiça Territorial e Justiça Ambiental, pela partilha da terra, dos frutos, das sementes e das fontes de água bebível e ar respirável.

 

A Descaravelização é guia, bússola, oriente da mudança de paradigma psíquico, comportamental e cognitivo, necessário para enfrentar esse ciclo que começou a partir da necessidade de desoprimir os povos historicamente perseguidos e confinados à resignação e acomodamento.

 

O Movimento da Fúria Ancestral será intransigente com o Poder político, jurídico e econômico em não estabelecer quaisquer Marcos Conciliatórios, pois todos eles ferem o verdadeiro sentir dos Povos Originários, seus direitos, suas demandas e reivindicações. Será sempre um insulto, opróbio e ultraje e no fim, os mesmos que nos perseguem, atacam, injuriam sairão de mãos abanando com os bolsos repletos de ganhos e lucros.

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Pelo fim do Estado colonial e suas instituições conciliatórias!

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Colonialismo e branquitude como estrutura de dominação

Após os últimos acontecimentos ocorridos no Brasil, como parte da escalada do Estado Moderno-Colonial Brasileiro em consonância com o que ocorre noutros Estados-nação do continente mal denominado de Américas (Norte, Centro e Sul), pensamos os caminhos que nos restam para afiançar nossa Luta dentro de uma ordem diferente do já estabelecido, para findar os cinco séculos de Dominação e Opressão que atingem Povos Indígenas, de Matriz-Africana, os empobrecidos e miserabilizados nas favelas e periferias das grandes cidades.

 

Acreditamos que a branquitude, como conceito e formação, tornou-se o suprassumo da atualização do modelo colonial em curso, iniciado em 1492, cujo processo de expansionismo em 1500 atingiu também de cheio as terras de Pindorama, o atual Estado Colonial Brasil.

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2.

 

A farsa da conciliação e o avanço do extrativismo

Sabemos, ademais, que a branquitude nunca foi ponta-firme em cumprir promessas, tratados, acordos, convênios e conciliações. Todos os papéis firmados sempre foram ultrajados, vilipendiados, atropelados, quebrados e rompidos: a História está cheia de exemplos básicos que perscrutam essa sentença.

 

Portanto, assegurar que efeitos positivos possam vir após acordos conciliatórios, ou que esses endossem as garantias mínimas dos direitos estabelecidos por normas nacionais e internacionais — acreditar piamente que manter-se-ão em pé esses direitos — é um eufemismo promíscuo e uma crença ingênua, dadas as características estruturais do Estado Colonial dentro de um modelo econômico que permite esse tipo de ação promovida por aqueles que relutam em devolver as terras usurpadas e em julgar improcedente aquilo que por força de lei havia se tornado garantia de sobrevivência para os Povos Indígenas, principalmente aqueles que defendem os territórios.

 

Esses acontecimentos derivaram num Marco Conciliatório em anuência com pessoas ligadas ao ordenamento político, jurídico e econômico que assola as nações mediante a “financeirização da vida e a legitimação da morte”. Aprofunda-se largamente a escalada de violência e usurpação de terras e territórios, permitindo que os velhos arautos da política branca do extrativismo pernicioso e voraz se mantenham como paladinos de uma democracia falsa, fajuta desde seus primórdios históricos, isto é, sempre a favor da aristocracia e de suas elites médias e altas.

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3.

 

Ruptura dos acordos e promessas

Acreditar que mediante pagamento, somas exorbitantes de dinheiro tornará menos febril a violência no campo brasileiro é minimamente inconcebível e execrável desde o ponto de vista que as atuais condições do Mercado Financeiro se movimenta mediante títulos e ações que promovem a degradação da vida e existência humanas e o Terricídio, destruição massiva da Mãe-terra/Mãe-Natureza, saque generalizado dos fontes de subsistência humana e incentivo a massacres, genocídios e perseguições.

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4.

 

Descaravelização e desopressão §psíquica

A Colonização, uma constante ameaça, máquina de moer carne, roer ossos; sepultamento das Lutas indígenas, Camponesas, Populares em nome da democracia egóica, da conciliação de classes e da manipulação e compras de consciências. Como numa sorte ou espécie de premiação legitimam o colapso da humanidade para garantir o Poder com suas hierarquias de Dominação e suas famílias -elites agrárias-rurais.

 

Tirar a Caravela que muitos levam dentro de si é o primeiro passo para organizar e executar ações que visem desoprimir os povos que são afetados por essa manobra sorrateira e dúbia por parte daqueles que estão nos Poderes. Identificar essas Caravelas-psíquicas nos ajuda a construir o Território da Desopressão; os embranquecidos precisam renunciar aos falsos sonhos de status com a qual foram cooptados, suas consciências compradas, a integridade da Luta defasada.

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Fúria ancestral, justiça e alianças necessárias

Acessar a Fúria Ancestral que muitos indígenas trazemos espiritualmente em consonância com a Fúria Hereditária que descendentes de europeus já acessaram através da autocrítica significa reordenar, reorganizar a Luta por direitos compartilhados para tornar essa nação, esse Continente um componente Plurinacional onde “todos os mundos possíveis possam conviver em harmonia com a Mãe-terra, Mãe-natureza”.

 

A Descaravelização propõe avançar na Luta pelo fim da Colonização e da continuidade do modelo econômico que se alastra há mais de cinco séculos e que atualmente age de forma voraz e agressiva contra todxs a fim de exterminar à população seja pela fome, seja pela sede ou pela inalação de fumaça que afeta diretamente as vias respiratórias. Bem fomos testemunhas durante a pandemia de Sars-Covid-19, dessas mesmas ações e com as mesmas finalidades e motivações, arquitetadas e executadas pelos mesmos que apelam para se manter no Poder político-econômico por mais séculos adiante.

 

Nossa Fúria é Ancestral porque ela traz as históricas demandas e reivindicações que, a priori, são as mesmas que são invocadas por diferentes povos e nações de matriz originária inclusive, além-fronteiras continentais. A Fúria é Hereditária porque traz consigo o ensejo de fazer justiça pelas práticas dos antepassados que coparticiparam nessa herança maldita e seu lastro de destruição desde a chegada das primeiras Caravelas.

 

É possível perceber que essa tríade descaravelizadora nos permite refletir sobre nosso papel como seres humanos no Século XXI muito além e aquém de quaisquer identidades, categorias e classificações, muitas dessas, construídas de forma artificiosa justamente para dividir nossas Lutas. Se de um lado, os Povos Originários de Abya Yala/Pindorama com sofreguidão tentam se manter em pé se defendendo junto da Mãe-terra/Mãe-Natureza, precisamos de aliados firmes para garantir a Luta.

 

A Luta Indígena é Mãe-de-Todas-as-Lutas não porque uma Luta personalizada senão, porque a sobrevivência/subsistência dos indígenas nos territórios garante a sobrevivência/subsistência de toda uma Humanidade. A partir dessa declaração, interpelar para que todos os outros povos e grupos sociais com consciência histórica e ambiental tornem-se aliados desse Movimento de Fúria Ancestral, é uma tarefa digna a ser iniciada no campo prático da vida cotidiana e em todos os lugares onde essas vozes possam ter ressonância.

 

Sem terra nem territórios preservados não haverá espiritualidades, culturas e nem meios de continuar a sobreviver/subsistir. Os modos ocidentalizados de vida fazem cumprir a promessa dos algozes de que “se não tem nada para nós, nada deixaremos para os outros”.

 

Conclamamos a uma Luta Pluriversal Transhemisférica em defesa dos territórios e das possibilidades de condições de reprodução da Vida.

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6.

 

Ruptura com o Estado colonial e chamado à ação

Nossa Luta é Pela Vida, é pelo direito a existir, pela defesa indeclinável dos Povos Originários em conjunto com todos os outros povos que vieram às terras “americanas” e que hoje sofrem as investidas violentas, agressivas e suicidas dos sucessores daqueles que se ensenhorearam da terra, das águas, do ar em nome de interesses espúrios, transformando o que poder-se-ia chamar de paraíso, num grande holocausto a níveis impensáveis pelos nossos ancestrais, pelos nossos antepassados.

 

A Fúria Ancestral é o ruidoso silêncio daqueles que deram suas vidas para tornar a vida humana digna, conforme as leis naturais.

 

A Fúria Hereditária é o ímpeto daqueles que admitem a violência do passado, desejam se juntar a nós, Indígenas, em busca de Reparação Histórica, Justiça Territorial e Justiça Ambiental, pela partilha da terra, dos frutos, das sementes e das fontes de água bebível e ar respirável.

 

A Descaravelização é guia, bússola, oriente da mudança de paradigma psíquico, comportamental e cognitivo, necessário para enfrentar esse ciclo que começou a partir da necessidade de desoprimir os povos historicamente perseguidos e confinados à resignação e acomodamento.

 

O Movimento da Fúria Ancestral será intransigente com o Poder político, jurídico e econômico em não estabelecer quaisquer Marcos Conciliatórios, pois todos eles ferem o verdadeiro sentir dos Povos Originários, seus direitos, suas demandas e reivindicações. Será sempre um insulto, opróbio e ultraje e no fim, os mesmos que nos perseguem, atacam, injuriam sairão de mãos abanando com os bolsos repletos de ganhos e lucros.

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Após os últimos acontecimentos ocorridos no Brasil, como parte da escalada do Estado Moderno-Colonial Brasileiro em consonância com o que ocorre noutros Estados-nação do continente mal denominado de Américas (Norte, Centro e Sul), pensamos os caminhos que nos restam para afiançar nossa Luta dentro de uma ordem diferente do já estabelecido, para findar os cinco séculos de Dominação e Opressão que atingem Povos Indígenas, de Matriz-Africana, os empobrecidos e miserabilizados nas favelas e periferias das grandes cidades.

 

Acreditamos que a branquitude, como conceito e formação, tornou-se o suprassumo da atualização do modelo colonial em curso, iniciado em 1492, cujo processo de expansionismo em 1500 atingiu também de cheio as terras de Pindorama, o atual Estado Colonial Brasil.

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2.

 

A farsa da conciliação e o avanço do extrativismo

Sabemos, ademais, que a branquitude nunca foi ponta-firme em cumprir promessas, tratados, acordos, convênios e conciliações. Todos os papéis firmados sempre foram ultrajados, vilipendiados, atropelados, quebrados e rompidos: a História está cheia de exemplos básicos que perscrutam essa sentença.

 

Portanto, assegurar que efeitos positivos possam vir após acordos conciliatórios, ou que esses endossem as garantias mínimas dos direitos estabelecidos por normas nacionais e internacionais — acreditar piamente que manter-se-ão em pé esses direitos — é um eufemismo promíscuo e uma crença ingênua, dadas as características estruturais do Estado Colonial dentro de um modelo econômico que permite esse tipo de ação promovida por aqueles que relutam em devolver as terras usurpadas e em julgar improcedente aquilo que por força de lei havia se tornado garantia de sobrevivência para os Povos Indígenas, principalmente aqueles que defendem os territórios.

 

Esses acontecimentos derivaram num Marco Conciliatório em anuência com pessoas ligadas ao ordenamento político, jurídico e econômico que assola as nações mediante a “financeirização da vida e a legitimação da morte”. Aprofunda-se largamente a escalada de violência e usurpação de terras e territórios, permitindo que os velhos arautos da política branca do extrativismo pernicioso e voraz se mantenham como paladinos de uma democracia falsa, fajuta desde seus primórdios históricos, isto é, sempre a favor da aristocracia e de suas elites médias e altas.

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3.

 

Ruptura dos acordos e promessas

Acreditar que mediante pagamento, somas exorbitantes de dinheiro tornará menos febril a violência no campo brasileiro é minimamente inconcebível e execrável desde o ponto de vista que as atuais condições do Mercado Financeiro se movimenta mediante títulos e ações que promovem a degradação da vida e existência humanas e o Terricídio, destruição massiva da Mãe-terra/Mãe-Natureza, saque generalizado dos fontes de subsistência humana e incentivo a massacres, genocídios e perseguições.

Elemento gráfico que mostra duas cruzes vermelhas conectadas no fundo

4.

 

Descaravelização e desopressão psíquica

A Colonização, uma constante ameaça, máquina de moer carne, roer ossos; sepultamento das Lutas indígenas, Camponesas, Populares em nome da democracia egóica, da conciliação de classes e da manipulação e compras de consciências. Como numa sorte ou espécie de premiação legitimam o colapso da humanidade para garantir o Poder com suas hierarquias de Dominação e suas famílias -elites agrárias-rurais.

 

Tirar a Caravela que muitos levam dentro de si é o primeiro passo para organizar e executar ações que visem desoprimir os povos que são afetados por essa manobra sorrateira e dúbia por parte daqueles que estão nos Poderes. Identificar essas Caravelas-psíquicas nos ajuda a construir o Território da Desopressão; os embranquecidos precisam renunciar aos falsos sonhos de status com a qual foram cooptados, suas consciências compradas, a integridade da Luta defasada.

Elemento gráfico que mostra duas cruzes vermelhas conectadas no fundo

5.

 

Fúria ancestral, justiça e alianças necessárias

Acessar a Fúria Ancestral que muitos indígenas trazemos espiritualmente em consonância com a Fúria Hereditária que descendentes de europeus já acessaram através da autocrítica significa reordenar, reorganizar a Luta por direitos compartilhados para tornar essa nação, esse Continente um componente Plurinacional onde “todos os mundos possíveis possam conviver em harmonia com a Mãe-terra, Mãe-natureza”.

 

A Descaravelização propõe avançar na Luta pelo fim da Colonização e da continuidade do modelo econômico que se alastra há mais de cinco séculos e que atualmente age de forma voraz e agressiva contra todxs a fim de exterminar à população seja pela fome, seja pela sede ou pela inalação de fumaça que afeta diretamente as vias respiratórias. Bem fomos testemunhas durante a pandemia de Sars-Covid-19, dessas mesmas ações e com as mesmas finalidades e motivações, arquitetadas e executadas pelos mesmos que apelam para se manter no Poder político-econômico por mais séculos adiante.

 

Nossa Fúria é Ancestral porque ela traz as históricas demandas e reivindicações que, a priori, são as mesmas que são invocadas por diferentes povos e nações de matriz originária inclusive, além-fronteiras continentais. A Fúria é Hereditária porque traz consigo o ensejo de fazer justiça pelas práticas dos antepassados que coparticiparam nessa herança maldita e seu lastro de destruição desde a chegada das primeiras Caravelas.

 

É possível perceber que essa tríade descaravelizadora nos permite refletir sobre nosso papel como seres humanos no Século XXI muito além e aquém de quaisquer identidades, categorias e classificações, muitas dessas, construídas de forma artificiosa justamente para dividir nossas Lutas. Se de um lado, os Povos Originários de Abya Yala/Pindorama com sofreguidão tentam se manter em pé se defendendo junto da Mãe-terra/Mãe-Natureza, precisamos de aliados firmes para garantir a Luta.

 

A Luta Indígena é Mãe-de-Todas-as-Lutas não porque uma Luta personalizada senão, porque a sobrevivência/subsistência dos indígenas nos territórios garante a sobrevivência/subsistência de toda uma Humanidade. A partir dessa declaração, interpelar para que todos os outros povos e grupos sociais com consciência histórica e ambiental tornem-se aliados desse Movimento de Fúria Ancestral, é uma tarefa digna a ser iniciada no campo prático da vida cotidiana e em todos os lugares onde essas vozes possam ter ressonância.

 

Sem terra nem territórios preservados não haverá espiritualidades, culturas e nem meios de continuar a sobreviver/subsistir. Os modos ocidentalizados de vida fazem cumprir a promessa dos algozes de que “se não tem nada para nós, nada deixaremos para os outros”.

 

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Ruptura com o Estado colonial e chamado à ação

Nossa Luta é Pela Vida, é pelo direito a existir, pela defesa indeclinável dos Povos Originários em conjunto com todos os outros povos que vieram às terras “americanas” e que hoje sofrem as investidas violentas, agressivas e suicidas dos sucessores daqueles que se ensenhorearam da terra, das águas, do ar em nome de interesses espúrios, transformando o que poder-se-ia chamar de paraíso, num grande holocausto a níveis impensáveis pelos nossos ancestrais, pelos nossos antepassados.

 

A Fúria Ancestral é o ruidoso silêncio daqueles que deram suas vidas para tornar a vida humana digna, conforme as leis naturais.

 

A Fúria Hereditária é o ímpeto daqueles que admitem a violência do passado, desejam se juntar a nós, Indígenas, em busca de Reparação Histórica, Justiça Territorial e Justiça Ambiental, pela partilha da terra, dos frutos, das sementes e das fontes de água bebível e ar respirável.

 

A Descaravelização é guia, bússola, oriente da mudança de paradigma psíquico, comportamental e cognitivo, necessário para enfrentar esse ciclo que começou a partir da necessidade de desoprimir os povos historicamente perseguidos e confinados à resignação e acomodamento.

 

O Movimento da Fúria Ancestral será intransigente com o Poder político, jurídico e econômico em não estabelecer quaisquer Marcos Conciliatórios, pois todos eles ferem o verdadeiro sentir dos Povos Originários, seus direitos, suas demandas e reivindicações. Será sempre um insulto, opróbio e ultraje e no fim, os mesmos que nos perseguem, atacam, injuriam sairão de mãos abanando com os bolsos repletos de ganhos e lucros.

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